EUA podem deixar de utilizar 20 milhões de toneladas de milho para produção de etanol em meio às paralisações da COVID-19 4o1b2j
O milho vem sendo uma das commodities mais afetadas pela crise gerada com a COVID-19 e também pela queda nos preços internacionais do petróleo. Diante deste cenário, cerca de 25% das usinas de etanol de milho dos Estados Unidos estão com algum tipo de paralização, seja total ou com operações mais lentas.
De acordo com o analista de mercado da ARC Mercosul, Cristiano Palavro, a manutenção e expansão das paralizações são esperadas, pelo menos, até o da 1ª de maio, e até lá, serão 35% das usinas impactadas pela queda na demanda do biocombustível, que é responsável por absorver 40% da produção de milho nacional.
A situação pode levar à perda de demanda por 20 milhões de toneladas de milho nos Estados Unidos e o aumento dos estoques do país, já que as plantas não devem continuar processando etanol com prejuízos que se agravam a cada semana de paralização.
Os reflexos dessa situação para o mercado internacional deve ser uma migração partes dos hectares destinados ao plantio do milho para a soja nesta próxima safra americana e na manutenção da tendência de baixa para as cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), com um e mais negativo em longo prazo do que as outras commodities, segundo Palavro.
No Brasil, apesar dos reflexos dessa situação e das preocupações com a diminuição no ritmo das usinas de etanol por aqui também, o analista identifica um cenário bastante diferente. O país segue com estoques enxutos e com consumo aquecido, inclusive ampliando os índices importados de países vizinhos como o Paraguai.
Palavro aponta que este é mais um componente para o produtor brasileiro ficar atento enquanto segue travando grandes volumes para esta safrinha que está nos campos e se desenha como de alta produção.
Sendo assim, a recomendação ao produtores é que aproveitem momentos de preços altos e dólar valorizado ante ao real para realizar travamentos e garantir suas margens, com as exportações que devem retomar folego no segundo semestre após a colheita da segunda safra.
Confira a entrevista completo com o analista de mercado da ARC Mercosul no vídeo.
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