Gripe aviária na Europa , Ásia e Oriente Médio deixa Brasil em posição favorável como fornecedor de carne de frango 5h4146
O atual surto mundial de Influenza aviária exige maior segurança na produção brasileira, mas também indica um importante potencial para as carnes brasileiras no cenário global. 705e8
O status sanitário do Brasil foi nos últimos anos um fator relevante para abertura de novos mercados. Diante de surtos de gripe aviária esse segurança se torna imprescindível aos países que desejam importar carne de frango.
Segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o potencial da demanda é de cerca de 600 mil toneladas, que deixaram de ser comprados de países que registraram a doença.
"Temos notícias de mercados querendo aumentar a compra e outros para iniciar essas transações", diz diretor executivo da ACAV (Associação Catarinense de Avicultura), Ricardo de Gouvêa.
Para Gouvêa, em países que já são habilitados a receber a carne brasileira, o reflexo do aumento nas compras será mais imediato. Mas, "devemos ver esse crescimento efetivo em números nos próximos meses", diz.
O Brasil é o segundo maior produtor – atrás apenas dos Estados Unidos – e o maior exportador mundial de carne de frango. Entre os grandes players do segmento é o único que jamais registrou casos de Influenza em aves.
Medidas preventivas
Apesar das oportunidades criadas nesse contexto, o Brasil também iniciou um pacote de medidas preventivas para assegurar o status sanitário.
Segundo Gouvêa é imprescindível ficar atento a dois pontos fundamentais. "O primeiro é preventivo, para não ter registro da doença do Brasil; e segundo, caso ocorra em território nacional, que sejamos eficientes no combate", diz.
A primeira medida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi proibir a entrada de pessoas estranhas nos aviários ou mesmo que tenham vindo de viagem.
Também atendendo o alerta preventivo do MAPA, o governo de Santa Catarina irá intensifica as ações de vigilância sanitária nas granjas de aves e divisas do estado.
Entre as medidas de prevenção que devem ser tomadas pelos produtores está evitar o contato de aves domésticas com aves silvestres; controle do trânsito de veículos e pessoas nas granjas; criação de aves em instalações fechadas, utilizando a tela anti-pássaros. A preocupação se estende a todos os tipos de aves, não só aos frangos.
"O produtor precisa estar atento, qualquer sintoma deve ser notificado ao órgão de sanidade do estado para que sejam feitos os procedimentos de segurança", ressalta Gouvêa.
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