Feijão: Produtores finalizam colheita do carioca em Sorriso (MT) com preços abaixo dos custos de produção l3t4x
No município de Sorriso/MT, os produtores rurais finalizaram a colheita do feijão carioca. Nesta temporada, as lavouras irrigadas com a cultura foram reduzidas em torno de 30% na localidade e os preços estão abaixo dos custos de produção.
De acordo com Secretário Executivo da Associação dos Produtores de Feijão, Trigo e irrigantes do Mato Grosso (Aprofir), Afrânio César Migliari, alguns agricultores optaram por plantar algodão ao invés de cultivar o feijão em função dos preços praticados no inicio do ano. “Uma cooperativa também incentivou os produtores a investir no algodão e outros saíram do mercado”, comenta.
Até o momento, a produtividade média das lavouras ficou próxima de 25 sacas de feijão por hectare. “O rendimento das áreas com o feijão carioca é satisfatório, porém nós tivemos problemas com as lavouras destinadas ao feijão caupi, em que o rendimento ficou em torno de 12 a 16 sacas por hectare”, destaca.
Em relação à sanidade das lavouras, o secretário salienta que a mosca branca e o ácaro elevaram os custos de produção. “Para fazer o controle nós tivemos que fazer várias aplicações e trouxe mais despesas para o produtor. Em alguns casos, tivemos perda total da área devido aos ataques da mosca branca”, afirma.
Para que os as questões sanitárias se tornem problemas maiores, a associação pretende tomar algumas medidas evitar os ataques de moscas brancas. “Nós precisamos controlar melhor essas pragas e definir uma data para zoneamento de plantio. Para isso, a nossa associação está tomando medidas para resolver essas questões”, aponta.
Entretanto, a maioria das propriedades não possui seguro agrícola por conta dos valores serem elevados. “Nós precisamos mudar essa política a nível de governo federal, sendo que é uma expectativa que os produtores possam ter essa oportunidade de ter seguro na fazenda”, diz.
Comercialização
Na localidade, as referências para o feijão carioca estão ao redor de R$ 85,00 a R$ 90,00 a saca, mas os preços deveriam estar próximos de R$ 100,00 a R$ 120,00 por saca. “Os valores atuais estão interferindo na nossa lucratividade, ainda mais que no nosso estado tem a cobrança do ICMS”, aponta.
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