Reta final da colheita: Cooxupé confirma boa safra, mas contesta otimistas que previam 70 milhões de sacas 2t4d1l
O clima colaborou e a colheita na área de café de atuação da Cooxupé chegou em 80%. O número foi confirmado por Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da cooperativa, em entrevista ao Notícias Agrícolas realizada nesta quarta-feira (12). "É um bom percentual de colheita em relação aos anos anteriores. Em 2018 que foi uma colheita grande como essa, nesse momento, nós estávamos com 77,84%, praticamente o mesmo percentual colhido", destaca.
O presidente reforçou mais uma vez que a safra 2020/21 é volumosa, ficando em torno de 60 milhões de sacas, mas que o número representa exatamente o consumo tanto do mercado interno, como externo. "Alguns dizem que é 70 milhões, é impossível. A vivência na cafeicultura nos diz que ter altas significativas como essa não é com um ano que conseguimos. É uma safra boa, nos recebimentos da cooperativa acreditamos que vamos bater os recordes, mas também não é exagerada como se fala o mercado", complementa.
Apesar do consumo de café ainda gerar certas incertezas ao mercado, Carlos Augusto comenta que dentro do cenário da pandemia, o café tem um momento privilegiado, tanto no consumo como para os preços, que não registraram quedas tão expressivas como outras commodities agrícolas. "O agro está dando uma resposta positiva e o café está inserido dentro do agro. Posso te dizer que até agora o café vive um momento privilegiado por conta do que ocorreu nos últimos meses, o mercado de café não foi afetado por várias razões", afirma.
Carlos destacou os estoques baixos no momento de entressafra, que entraram para a história da cafeicultura brasileira. "A demanda do café até tem sido de uma maneira normal. A cooperativa vem registrado vendas significativas, que nós não esperávamos nesse momento", comenta. Fazendo uma análise da safra com relação aos estoques, o presidente voltou afirmar que o Brasil precisa de 60% milhões de sacas para atender a demanda. "A oferta e demanda estão muito ajustadas, não existe sobra de café", destaca.
A avaliação feita pelos técnicos da Cooxupé destacam que a safra 2020/21 também é uma safra de bom rendimento. Além disso, o presidente reforça que além de ser uma safra que chama atenção pela quantidade, também chama atenção do mercado pela qualidade. "Raramente eu vi um ano de tamanha qualidade como o café que estamos vendo", comenta.
Já falando na próxima produção, o clima seco no sul de Minas Gerais já está no radar da Cooxupé. Carlos destaca que ainda é cedo para falar sobre os impactos, mas já destaca que a próxima produção será bem menor quando comparada com a deste ano. "Pelo estado que estão ficando as lavouras por conta da produtividade ao longo deste ano", afirma.
Veja a entrevista completa no vídeo acima
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