Produtores iniciam a colheita do café na região de Boa Esperança (MG) e quebra deve ficar ao redor de 15% nesta safra 4f6s3q
Os produtores iniciaram a colheita do café arábica na região de Boa Esperança, MG, porém, a perspectiva é de quebra de 15% na produtividade. Para Manoel Joaquim da Costa, presidente do sindicato rural, o produtor vai ficar no vermelho. “O clima irregular impactou diretamente na lavoura, não só na região de Boa Esperança, como em todo o estado de Minas Gerais”. 1w295a
Devido ao longo período de seca e a predominância do sol, seguido por chuvas no momento da colheita - nessa semana ando os 45 mm, os cafeicultores sofrem com as perdas na qualidade dos grãos. “O café que está no galho, cai, o café que está muito verde perde qualidade. Com este quadro, a previsão ainda é de muita chuva entre maio e junho”, conta o presidente.
Diante desse cenário, o café manchado, perde cerca de 20% no valor da saca. O custo de produção para as áreas mecanizadas segue em torno de R$ 350,00 a saca. Já os das áreas de montanha, considerados 100% manuais, giram em torno de R$ 450,00 a saca. Os preços do café estão por volta dos R$ 390,00 a saca.
“O cafeicultor deve investir nos grãos de qualidade para começar a equilibrar as contas. Quem puder estocar café e vender posteriormente, poderá ter preços melhores”, indica Joaquim da Costa.
Renegociação de dívidas
Enquanto isso, produtores da região de Boa Esperança, seguem na expectativa de uma renegociação para as dívidas. “Estamos arcando com o prejuízo já há três anos. Em 2014, o produtor perdeu 40% da produtividade devido ao clima irregular”, afirma o presidente.
Há três semanas, cerca de 700 lideranças, entre elas, representantes rurais, sindicais, deputados e produtores, se reuniram para uma audiência pública.
“A ideia era tratar do endividamento do produtor rural, de cana, de leite, de açúcar e de café. Fizemos uma carta endereçada ao governador do estado, ele ficou de marcar uma audiência, mas ainda não tivemos nenhuma resposta. Queremos que a carta chegue até a presidência para recebermos alguma ajuda nas renegociações dessas dívidas”, revela Joaquim da Costa.
Para o presidente, “produtor inicia a colheita do café arábica desanimado, por conta da quebra consolidada na produção e também por falta de posicionamento quanto à renegociação de dívidas”, desabafa.
0 comentário v2t4i

Café: Na mesma sessão, arábica testa máxima em duas semanas, mas fecha em queda na Bolsa de NY

Colheita de café do Brasil atinge 28% do total apesar de chuvas no Sul de MG, diz Safras

Exportações de café do Vietnã caem 1,8% de janeiro a maio

Rastreabilidade e boas práticas ESG mantêm diferencial estratégico do setor cafeeiro no Brasil

Crédito ível é aposta para manter produção do café brasileiro no topo do mercado global

Café sustenta valorização forte, fecha com mais de 3% de alta em NY e puxa preços também no BR