Algodão: Produtividade e preços animam produtores nesta safra no Oeste da BA e área deve crescer na próxima temporada 1d2i4e
A colheita do algodão avançou no Oeste da Bahia e atingiu 75% da área cultivada nesta temporada, de 263 mil hectares. E com o clima favorável, a produtividade média das lavouras está próxima de 314 arrobas por hectare. Cenário que deve resultar em uma safra, entre pluma e caroço, ao redor de 1,2 milhão de toneladas.
"Esses são números que mostram realmente a tecnologia aplicada na nossa região e o esforço que os produtores tem dedicado à cultura. Além disso temos o controle de pragas e doenças, especialmente com a questão do bicudo do algodoeiro", afirma o presidente da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), Júlio Busato.
Há mais de 15 anos, a entidade possui um programa para auxiliar os produtores no controle eficiente da praga. A liderança destaca que "são 16 técnicos que visitam semanalmente as fazendas e realizam o controle. A união dos cotonicultores também é muito importante, fatores que contribuem para redução dos prejuízos na produtividade e no número de aplicações nas lavouras".
Preços
Além da produtividade, as cotações também permanecem em patamares mais altos, o que tem animado os produtores. Os preços estão ao redor de 80 centavos de dólar por libra peso. Até o momento, cerca de 80% da safra de algodão já foi comercializada no Oeste da Bahia.
"Tivemos problemas na produção da China e há um aumento na procura por fibras naturais no mundo todo. Estamos aumentando o consumo de algodão, então espero que possamos viver alguns anos de bons preços", explica Busato.
O cenário favorável também já reflete no planejamento da próxima safra de algodão na região. A expectativa é que a área cultivada com a cultura ultrae os 300 mil hectares e em torno de 40% da próxima safra já foi comercializada antecipadamente.
Tabelamento do frete
Assim como em outras localidades, o tabelamento do frete permanece preocupando os produtores rurais na região. Busato ainda pondera que "os valores da tabela não estão sendo cumpridos e nem a lei de livre mercado". A apreensão também está relacionada às exportações do algodão que devem ganhar ritmo a partir de agora.
"E nós já tivemos um impacto no escoamento das safras de soja e milho na nossa região. Para a próxima temporada, continuamos com o atraso na entrega dos fertilizantes e os estão parados", disse Busato.
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