Abiove mantém volumes de safra e exportação de soja do Brasil, mas rebaixa preços 5m1n57
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Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - As projeções de safra, volumes de exportação e de processamento de soja do Brasil em 2025 foram mantidas em uma avaliação mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) nesta terça-feira, mas os preços médios dos embarques do grão e do óleo foram revisados para baixo em meio a uma colheita recorde do país, maior produtor e exportador global.
A Abiove reduziu estimativa de preço médio da soja exportada pelo Brasil para US$405/tonelada em 2025, US$10 abaixo a projeção do mês anterior, enquanto diminuiu a expectativa da cotação média do óleo de soja embarcado em US$35, para US$1.015/tonelada.
"Reduzimos as cotações médias em função da atualização da curva de preços futuros. Esse movimento reflete a retomada da oferta e dos estoques globais e a queda dos preços internacionais", afirmou Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e de Assuntos Regulatórios da Abiove, à Reuters.
A revisão, especialmente da soja, que responde por grande parte da receita exportadora, resultou em uma diminuição da previsão de faturamento do Brasil em 2025 com os embarques do complexo da oleaginosa (grãos, farelo e óleo) para US$53,38 bilhões, praticamente US$1 bilhão a menos do que o previsto em maio.
A se confirmar esta previsão da associação que representa as tradings e processadoras no Brasil, as divisas geradas com as exportações do complexo soja em 2025 teriam queda ante 2024, quando somaram US$53,94 bilhões.
Mas o faturamento com a soja em grão, que responde pela maior parte das receitas, subiria para US$43,8 bilhões neste ano, versus US$42,9 bilhões em 2024, devido a um aumento no volume exportado, apesar de preços menores.
A Abiove estimou a exportação de soja do Brasil em 2025 em recorde de 108,2 milhões de toneladas, estável ante previsão de maio, mas um aumento de 9,4 milhões de toneladas na comparação anual.
A associação também não alterou a projeção da safra do Brasil, já colhida neste ano, estimando-a em recorde de 169,7 milhões de toneladas, contra 154,4 milhões no ano ado.
O processamento de soja no Brasil também segue previsto em recorde de 57,5 milhões de toneladas, contra 55,8 milhões em 2024.
(Por Roberto Samora)
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