Abiove: Biodiesel é vetor importante para o desenvolvimento da indústria de óleos vegetais 36k70
O biodiesel contribuirá para a retomada do crescimento da economia do País em 2017, ano em que a mistura compulsória com o diesel mineral ará dos atuais 7% para 8%. Essa será uma das principais mensagens do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, no de abertura da Conferência BiodieselBR 2016, na tarde desta quarta-feira, em São Paulo. Em 2015, o biodiesel contribuiu para o processamento de mais de 14 milhões de toneladas de soja e de 2,7 milhões de t de óleo. 3p1b4j
Em sua palestra, Lovatelli falará sobre a sinergia entre o biodiesel e a soja, pois o óleo de soja é a principal matéria-prima utilizada na fabricação do biocombustível, do qual o Brasil é o segundo maior produtor e consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos.
As empresas associadas à Abiove estão preparadas para o aumento gradual da mistura obrigatória, a partir de março de 2017, estabelecido pela Lei 13.263 de 2016.
No ano que vem, será a vez do B8, em 2018, entrará em vigor o B9 e, em 2019, o B10. De acordo com a associação, essa previsibilidade é muito importante para o setor, que projeta uma integração ainda maior entre o biodiesel e o complexo soja, se forem superados desafios nas áreas de tributação e de logística.
Nesse sentido, as três entidades que reúnem empresas produtoras de biodiesel – Abiove, Aprobio e Ubrabio – entregaram recentemente ao Ministério de Minas e Energia o documento “Biodiesel: oportunidades e desafios no longo prazo”, para a construção do “Cenário 2030”, que prevê o B10 em 2019, o B15 em 2025 e o B20 em 2030. O Brasil tem potencial para aumentar o processamento de soja para a produção de biodiesel. Estima-se que o aumento de 1 ponto percentual na mistura de biodiesel ao diesel fóssil gera uma demanda adicional de 2 milhões de toneladas de processamento de soja.
Benefícios econômicos, sociais e ambientais – O biodiesel é um vetor importante de agregação de valor à agropecuária nacional, sobretudo no complexo soja, mas também em relação ao sebo bovino, outra matéria-prima utilizada na produção do biocombustível. Quanto mais a soja for processada no País e transformada em farelo proteico, óleo e biodiesel, mais empregos serão garantidos aos brasileiros. A geração de postos de trabalho é quatro vezes maior quando a soja é produzida e consumida domesticamente. Em 2015, mais de 70 mil famílias da agricultura familiar participaram do Programa Selo Combustível Social, que movimentou cerca de R$ 4 bilhões em compra de produtos agrícolas (matéria-prima) e em prestação de assistência técnica.
Diversos estudos atestam os benefícios ambientais do biodiesel, que emite 70% menos CO2 em relação ao diesel mineral, além de reduzir a emissão de material particulado, que provoca a contaminação ambiental e, em consequência, contribui para maior incidência de doenças respiratórias.
Segurança energética – Desde que foi estabelecido o Programa Nacional de Produção do Biodiesel (PNPB), em 2005, o biocombustível tem reduzido as despesas do Brasil com a importação de diesel. Em decorrência, o País alcançou maior segurança energética, além de saldos positivos na balança comercial.
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