Mercado do açúcar com preços mistos nas bolsas internacionais e mercado interno já de olho na safra 25/26 585132

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O mercado do açúcar opera de forma mista nesta terça-feira (26), com leve alta nos contratos futuros em Nova Iorque e queda nos preços em Londres. O contrato maio/25 é negociado a 19,35 cents de dólar por libra-peso na ICE dos Estados Unidos, com alta de 0,47%, enquanto na bolsa Europeia, a commodity recua 0,20%, cotada a US$541,30 por tonelada.

Os investidores continuam atentos à valorização do dólar no mercado internacional, que favorece a competitividade das exportações e estimula a participação no mercado externo. Ao mesmo tempo, preocupações com safras menores continuam no radar. As primeiras estimativas para a safra brasileira de cana 2025/26, com início em abril, apontam para uma moagem entre 600 e 610 milhões de toneladas.

O etanol hidratado segue com preços em queda no encerramento da entressafra. De acordo com o Cepea, as usinas intensificaram a oferta do biocombustível na última semana para escoar os estoques da safra 2024/25, o que pressionou os valores para baixo.

Entre os dias 17 e 21 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 2,7572/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), com queda de 2,38% frente à semana anterior. O etanol anidro também recuou, sendo cotado a R$ 3,1906/litro, baixa de 1,67%. Os negócios permanecem lentos, com parte das distribuidoras pressionando ainda mais os preços, destaca o Cepea.

No mercado spot paulista, os preços do açúcar cristal também apresentaram volatilidade ao longo da última semana. Segundo o Cepea, essa instabilidade está relacionada à postura das usinas, que estabeleceram diferenças significativas entre os tipos Icumsa 150 e 180. Em alguns casos, a diferença de preços chegou a R$ 17 por saca de 50 kg.

No período de 17 a 21 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ para o açúcar cristal cor Icumsa de 130 a 180 foi de R$ 138,83/saca de 50 kg, representando uma queda de 1,24% frente à semana anterior.

Com a nova safra começando oficialmente em 1º de abril, o mercado segue atento à evolução do clima e ao início dos trabalhos de campo, fatores que devem influenciar fortemente a dinâmica de preços nas próximas semanas.