Suinocultura independente aposta no descarte de matrizes para enxugar produção de leitões devido a crise no setor 3o3o2n
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O alto custo de produção, causado, principalmente, pelo avanço dos preços de farelo de soja e milho, além da presença menos constante da China importando carne suína brasileira têm gerado uma crise que se arrasta desde o ano ado. Os preços de venda dos suínos no mercado independente sequer "empatam" com os custos de produção, euma das consequências do problema é que agora alguns Estados produtores estão se planejando para descartar matrizes, em uma tentativa de enxugar a produção de leitões.
Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador, devem ser descartadas até o final deste ano 15 mil das 360 mil matrizes presentes no Estado, o que representa uma diminuição de 4,2% o plantel de fêmeas.
As 15 mil matrizes que se planeja abater, de acordo com Folador, possuem um potencial produtivo de 400 mil leitões por ano. Isso, frente à produção registrada do Rio Grande do Sul no ano ado de 10.554.571 animais vai representar uma queda de 3,8% na produção. A intenção é que com a redução de leitões, depois de quase um ano haja menor oferta de snimais terminados e, por consequência, o preço pago ao produtor melhore.

Ele explica que o perfil dos produtores que estão adotando a ação são pequenos e médios suinocultores que atuam nos ciclos de desmame e creche, fornecendo leitões para a terminação. "O que ocorre é que quem está na terminação não está conseguindo preço de venda, está trabalhando no prejuízo, e acaba reduzindo a compra de leitões. Sendo assim, vem essa tentativa de diminuir a produção", apónta.
Outro ponto ressaltado pela liderança gaúcha é que cerca de 95% dos produtores que estãoa dotando esta redução na produção atendem pequenos e médios frigoríficos dentro do Estado. "É o que é possível fazer, já que partir para a integração não é possível. As cooperativas e as agroindústrias já não têm capacidade de absorver mais produtores", ressalta.
PARANÁ
O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir José Dariva, explica que o Paraná também vai promover o descarte de matrizes, entre 12 mil a 15 mil só neste primeiro semestre de 2021. Isso representa entre 15% a 19% de matrizes; hoje o Estado possui um plantel de 80 mil fêmeas reprodutoras, que produzem cerca de 149.333 suínos por ano.
Dariva pontua que as matrizes que serão abatidas possuem um potencial produtivo de 28 mil suínos por ano, e que a ação promovida ainda neste semestre deve gerar impactos na oferta de animais terminados no primeiro semestre de 2023.
"São produtores que atuam no mercado independente, do pequeno ao grande, e quando houver essa oferta menor de animais terminados lá na frente, pode haver uma melhora nos preços, justamente pela questão de oferta e demanda", pontua.
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