Produtores de soja de Rio Verde/GO deverão ter muita dificuldade para fechar a conta nesta safra k2p2g
Os custos de produção para a safra de soja 2018/19 na região da cidade de Rio Verde no estado de Goiás foram cerca de 25% maiores do que a safra ada, influenciados pela greve dos caminhoneiros e o aumento dos insumos e do dólar. Além disso, o clima chuvoso no momento do plantio, que começou no dia 1 de outubro (um dia após o término do vazio sanitário), e a seca de 15 dias sem chuva em dezembro também contribuem para a expectativa dos produtores locais terem dificuldades para fechar as contas.
“O custo benefício vai ser o pior de todos os tempos e o produtor rural esse ano não vai ganhar dinheiro. Não sabemos ainda a extensão da seca e qual o prejuízo que ela vai causar ao produtor, mas a comercialização futura da região já está prejudicada. Tínhamos uma soja de R$ 75,00 antes da greve dos caminhoneiros e depois disso as empresas saíram do mercado e agora o preço está em 67/68 reais para a soja de janeiro. Nesses preços fica muito difícil saldar o déficit dos produtores rurais”, diz José Roberto Brucceli, diretor do Sindicato Rural de Rio Verde.
Por volta de 30/35% da safra da região conseguiu ser negociada antecipadamente, aproveitando patamares maiores de preços, o restante, aguarda o desenvolvimento do mercado e da colheita, que deve ser iniciada no dia 15 de janeiro.
“O Sindicato Rural aconselha o produtor a ficar consciente. Ele deve continuar com seus tratos culturais e fazendo as aplicações antecipadas para a ferrugem. Na comercialização, se surgir alguma janela que possa remunerar melhor que venda a quantia que ele quiser, seja o lote todo ou parcelado. O importante é continuar tranquilo, começar a colheita, botar a soja no armazém e ver o que acontece”, aconselha Brucceli.
FERRUGEM
No início dessa semana o Consórcio Antiferrugem divulgou a confirmação dos primeiros casos de ferrugem no estádio de Goiás. A cidade de Rio Verde já registrou a incidência de dois casos em lavouras comerciais.
“O Sindicato Rural de Rio Verde, junto com a Universidade de Rio Verde, já está no décimo ano em que abre o laboratório do sindicato para análise de ferrugem para todos os produtores da região sudoeste do estado que coletar amostras e trouxer até o sindicato, sem custo e independente de ser associado ou não. Foram constatados esses dois casos na cidade, mas não é coisa para se assustar já que é a época para aparecer esses resultados. Esperávamos chegar até o dia 25 de dezembro sem casos, mas não foi possível”, conta o diretor do sindicato.
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