Publicado em 05/09/2016 17:11

Os preços voltaram a trabalhar em campo negativo após subirem expressivamente na última sexta-feira e encerrarem o dia bem próximos do limite de alta, de 5%. No último pregão, as principais posições do cereal subiram entre 3,38% e 5,26%.

E, segundo explica a analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea Sousa Cordeiro, as cotações foram impulsionadas pela decisão da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em aprovar o uso no Brasil de apenas uma variedade transgênica da Monsanto. Outras variedades ainda serão analisadas, o que segundo a agência Reuters, deixou as indústrias de aves e suínos que contam que a importação do cereal frustradas.

"Nesta segunda-feira, o mercado acabou revertendo essa tendência e encerrou o dia com quase 1% de queda. E hoje temos um mercado com baixa volatilidade, ainda não sabemos se já há uma alguma novidade no radar dos investidores", explica Andrea Sousa Cordeiro.

Enquanto isso, uma avaliação final deverá ocorrer em reunião no mês de outubro. Ainda conforme dados da Reuters, as indústrias consumidoras do cereal esperavam a liberação de todas as variedades de milho para tentar através das importações esfriar os preços no mercado doméstico, que nos últimos meses bateram recordes.

Já no mercado interno, o início da semana foi de ligeira movimentação aos preços do milho. Nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade. Em Itapeva (SP), o valor caiu 7,35%, com a saca a R$ 34,39. No Oeste da Bahia, a queda foi de 2,06%, com a saca a R$ 47,50 e em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação fechou o dia a R$ 31,50 a saca, com perda de 1,56%.

De acordo com dados do Cepea, as cotações do cereal ainda permanecem pressionadas pelo término da colheita da safrinha e da retração por parte dos compradores, que recebem o cereal contratado e ajustam o consumo conforme a necessidade.

"Mesmo com as recentes quedas, ainda é expressivo o diferencial entre os preços interno e externo. As cotações do milho no Brasil superam em mais de 80% as da Bolsa de Chicago e estão 30% acima dos valores FOB nos portos argentinos. Esse cenário favorece a retração de compradores. A liquidez também se manteve baixa no período", informou o centro em nota.

Ainda hoje, a moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 0,88%, cotada a R$ 3,2821 na venda. Essa foi a terceira alta seguida do câmbio em meio à cautela por parte dos investidores observando a situação política no Brasil e à liquidez reduzidas nos mercados mundiais frente ao feriado nos Estados Unidos, segundo informações da Reuters.

Bolsa de Chicago

Devido ao feriado do Dia do Trabalho, comemorado nesta segunda-feira (5), não houve negociação na Bolsa de Chicago (CBOT). Os boletins de acompanhamento de safras e embarques semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) serão reportados nesta terça-feira (6). As operações também serão retomadas amanhã.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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