Governo recebe positivamente demanda dos produtores gaúchos afetados pela seca, diz Antônio da Luz 1013j

Publicado em 13/03/2020 16:31 e atualizado em 16/03/2020 09:04
Economista da Farsul faz também uma análise sobre a pandemia de coronavírus e seus impactos no economia brasileira
Antônio da Luz - Economista - FARSUL

Podcast 1t1g46

Análise da turbulência econômica no mercado mundial com Antônio da Luz - Economista - FARSUL g361a

 

 

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL) recebeu o pleito de diversos produtores rurais a respeito da estiagem que atinge o estado, na qual foi elaborado um documento com a indicação de oito medidas que foram entregues à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, nesta quinta-feira (12), em encontro realizado na sede da pasta, em Brasília.

De acordo com o economista da Farsul, Antônio da Luz, diversas entidades se reuniram para discutir propostas que representam todos os produtores rurais e houve uma reunião em Brasília para discutir os detalhes nesta quinta-feira (12). “Nós tivemos a oportunidade de encontrar parlamentares de todos os partidos e foi muito bonito de ver, mas uma pena que é por algo triste”, explica.

Por conta da perda de produtividade, o estado do Rio Grande do Sul não terá recorde na colheita da soja. “A ministra ficou ciente da situação do nosso estado e as nossas propostas foram analisadas tecnicamente, mas precisamos executá-las”, reforça.

São três propostas permitem a renegociação dos créditos de custeios e comercialização contraídos até a safra 2019/2020 vencidos ou vincendos neste exercício.  “A primeira é abrir uma resolução do Banco Central. A segunda frente é com BNDES, pois precisamos pegar parcelas de investimentos que vencem neste ano e reprogramar. A terceira é uma linha para as cooperativas com operações estruturadas de crédito”, conta.

Economia X Coronavírus

 A disseminação do coronavírus deve levar a uma retração da economia e pode levar meses para se restabelecer. “Nós destruímos a economia global nestas últimas semanas e vamos sofrer todos os impactos econômicos diante dessa pandemia, como o caso da Petrobrás que perdeu seu valor de mercado”, relata.

O mercado financeiro ainda está incerto e conforme as notícias vão sendo divulgadas vai influenciando na taxa de câmbio. “A cotação do dólar iniciou o dia cotado a R$ 4,79. Depois o preço caiu para R$ 4,65, e no momento da entrevista, estava ao redor de R$ 4,82. Isso mostra como o mercado está incerto”, aponta.  

O agronegócio negócio brasileiro está não está sendo impactado negativamente diante da doença, já que o câmbio está favorecendo as exportações. “O governo não está influenciando no câmbio e os preços em Chicago estão abaixo dos custos de produção. No entanto, medidas econômicas devem ser tomadas envolvem a taxa selic que deve cair mais e, ou então, flexibilizar as leis trabalhistas”, comenta.

Com relação às atitudes do presidente, o economista ressalta que ele precisa ter decisões duras para evitar a disseminação aqui no Brasil, já que o problema é global. “O presidente Bolsonaro deve tomar atitudes radicais, assim como o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nos últimos dias”, diz.

Veja mais:

>> Coronavírus x Mercados: Ansiedade e especulação ainda não terminaram, mas BR segue favorecido pelo dólar

>> Quebra na safra de soja no RS pode chegar a 50%

Por: João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6d1m2r

Ibovespa fecha em alta com ajuda de Petrobras e MP do governo sob holofote
Dólar fecha estável no Brasil com foco no fiscal e no exterior
Taxas longas sobem após medidas fiscais do governo e jogo duro do Congresso
Motta afirma que vai pautar com urgência projeto que susta decreto do IOF
Aprosoja MT repudia a MP 1.303/2025 e se une à FPA e à Faep na defesa do financiamento do agro
Ações europeias caem com perda de força de otimismo sobre comércio e aumento de tensões geopolíticas