Bloqueio da BR-163 já compromete armazenagem da soja no norte de MT, diz Aprosoja 81m30

Publicado em 06/03/2019 12:43
Defesa Civil do estado chega a Novo Progresso para assumir assistência aos caminhoneiros
Gelson Dill - Vice-Prefeito de Novo Progresso/PA

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Entrevista com Gelson Dill - Vice-Prefeito de Novo Progresso/PA sobre o Bloqueio da BR-163 24x6p

 

 

Em  entrevista ao Broadcast Agro , o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan se mostrou preocupado com o bloqueio de trechos da BR-163 no Pará, por causa da chuva. Segundo Galvan, o escoamento da safra de soja do Mato Grosso já obriga produtores do norte do Estado a buscarem armazenagem mais distante porque os silos das redondezas estão lotados.

O presidente da Aprosoja -MT,  lembra que os agricultores que estão colhendo soja nas áreas mais ao norte do Estado têm levado o produto, por estradas secundárias, para o entorno de Sinop, onde os lotes são armazenados. "Eles devem perder R$ 2 a R$ 3 por saca porque têm de levar até Sinop e depois trazer a soja de volta."

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Pereira, os bloqueios na BR-163 preocupam produtores de Mato Grosso e também dos vizinhos do Centro-Oeste e do Norte do País. "O Arco Norte é muito importante para trazer competitividade aos produtos do Centro-Oeste, então, com o fechamento de partes da BR-163, produtor está tendo prejuízo com transporte mais caro", disse Pereira. 

Começa recuperação dos trechos críticos na BR-163 no Pará. Uso de "rachão" vai acelerar trabalhos, mesmo com chuvas 4y5o1q

O Notícias Agrícolas conversou com o vice-prefeito de Novo Progresso (PA), Gelson Dill, para atualizar a situação do congestionamento na BR-163 na altura do município.

As chuvas impedem o avanço dos caminhões rumo ao Arco Norte, já que existe um trecho de 28km de rodovia sem pavimentação. O problema é recorrente nos últimos três anos - no ano ado, foi atingido o município de Itaituba (PA), com 15km sem pavimentação.

Depois de vários dias, o Sol voltou a aparecer na região. Contudo, o tempo já está se fechando novamente. Com o congestionamento, vão formando filas e a pista permanece paralisada.

O Exército trabalha na recuperação dessas pistas, mas isso deve durar de dois a três dias e, ainda por cima, não deve ser uma solução definitiva para o problema.

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Em reunião de avaliação e coordenação realizada no Destacamento Xingu nesta última terça-feira (05), o 8° Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) informou que dois pontos críticos foram trabalhados ao longo do dia, na região da Serra da Santinha e na encosta norte da Serra da Anita. A empresa contratada realizou intervenção no aclive em frente ao restaurante Casa Roxa e ainda nesta noite finalizará a rampa em frente à Estância Castanheira.

O trabalho ocorre ininterruptamente, 24 horas por dia, e já começou também na região da Fazenda Sol Nascente, o qual será finalizado nesta quarta-feira (06). O trabalho nos pontos críticos utilizou 450m³ de material pétreo.

Liberação – Na próxima sexta-feira, 8 de março, os trechos críticos da BR-163/PA estarão recuperados e o trânsito voltará a fluir. Pela manhã, será feita a liberação dos caminhões descarregados que retornam de Miritituba/PA para o MT. Após o fim da fila norte, o tráfego será reiniciado pelos veículos que aguardam na direção contrária, ainda carregados, com destino aos portos. No mesmo dia, será liberado tráfego de caminhões a partir de Guarantã /MT.

A equipe da Polícia Rodoviária Federal informou que receberá reforços de policiais e de veículos ainda nesta semana para auxiliar no controle do tráfego da região. Serão utilizados 4 carros com tração, 15 agentes, 8 motos e pelo menos 10 motociclistas na operação, havendo indicativo da possibilidade de incremento.

O tráfego de veículos leves, ônibus, vans e caminhões transportando cargas vivas e perecíveis continua fluindo normalmente na região. 

As informações foram readas pela Assessoria de Comunicação do DNIT.

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