Café mantém velocidade na descida e Rabobank acredita em oportunidades pontuais de melhora nos preços até entrada da nova safra brasileira 6d14h

Publicado em 05/01/2023 15:44 e atualizado em 05/01/2023 16:36
Analista acrescenta que mercado também vai monitorar exportações do Brasil, cenário que pode dar e aos preços em algumas sessões
Guilherme Morya - Analista do Rabobank

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Café virou o ano em baixa, mantém a velocidade da descida e Rabobank acredita em oportunidades pontuais de melhora nos preços até entrada da nova safra 1m521s

O mercado futuro do café arábica encerrou mais uma sessão com desvalorização para os preços nesta quinta-feira (5) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/23 teve queda de 75 pontos, negociado por 160,55 cents/lbp, maio/23 teve queda de 75 pontos, cotado por 160,60 cents/lbp, julho/23 teve desvalorização de 65 pontos, valendo 160,85 cents/lbp e dezembro/23 registrou queda de 70 pontos, cotado por 160,55 cents/lbp. 

O pregão foi marcado por dados da Colômbia. A Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC) divulgou que o país vizinho encerrou o ano com produção 11% abaixo do esperado em relação a 2021. As exportações também recuaram 8% no período. 

Ainda assim, o mercado finalizou o dia com desvalorização. De acordo com Guilherme Morya, analista do Rabobank, o mercado já havia precificado a baixa da Colômbia, assim como também já precificou a quebra do Brasil no ano ado. Os modelos climáticos indicando boas chuvas, assim com a alta nos estoques impedem que o café tenha avanço mais expressivo nos preços. 

Segundo o analista, o mercado não deve registrar recuperação expressiva no curto prazo, mas com os fatores macroeconômicos afetando todas as commodities, boas oportunidades de negócios até a entrada da safra brasileira não estão descartadas. 

Na Bolsa de Londres, o dia também foi marcado por desvalorização para o conilon. Março/23 teve queda de US$ 41 por tonelada, valendo US$ 1832, maio/23 teve baixa de US$ 35 por tonelada, cotado por US$ 1804, julho/23 registrou queda de US$ 31 por tonelada, negociado por US$ 1786 e setembro/23 teve baixa de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 1771. 

No Brasil, o dia foi marcado por desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,90% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.030,00, Machado/MG teve queda de 1,02%, cotado por R$ 970,00, Varginha/MG teve baixa de 1,89%, cotado por R$ 1.040,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 0,98%, cotado por R$ 1.010,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 1,72% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.140,00, Varginha/MG teve baixa de 1,79%, cotado por R$ 1.100,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 0,93%, cotado por R$ 1.070,00. 

Confira a análise completa no vídeo acima

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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