Carne bovina brasileira é a mais cara da América do Sul, mas mantém demanda firme no mercado internacional 614b12

Publicado em 27/01/2021 13:16 e atualizado em 27/01/2021 16:04
Carne brasileira no mercado internacional é negociada a US$ 55 contra US$ 35 nesse mesmo período do ano ado
Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA

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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Boi Gordo 556r4o

 

 

No mercado internacional, os valores da carne bovina estão bem elevados e já é o preço em dólar mais caro da América do Sul. A expectativa do mercado é que a demanda externa continue crescendo com a China como principal comprador, mas com a baixa oferta de gado no Brasil a tendência é que os preços fiquem em patamares mais elevados do que os observados em anos anteriores. 

De acordo com o Consultor de Agronegócio do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, o volume exportado de carne bovina deve encerrar janeiro com 114 mil toneladas. “É um volume menor do que o visto no ano ado, mas ainda sim é um bom desempenho para o mês. Normalmente, ocorre uma acomodação dos embarques no início do ano com a China reduzindo as compras em função do feriado chinês”, comenta. 

As perspectivas para a demanda externa ainda seguem favoráveis e o preço da arroba internacional está ao redor de US$ 55,00 sendo que no meio do ano ado estava em US$ 35,00. “Eu acredito que a China vai continuar fazendo a diferença e pode impulsionar ainda mais os valores do gado brasileiro. Porém a grande questão é saber se vamos ter animal para o abate e que justifica os valores elevados”, relata. 

Com relação à rentabilidade das indústrias, o consultor ressalta que em janeiro de 2019 o spread era de 54%, e hoje é 27% para as negociações no mercado externo. O spread nas margens de lucro é de 3,50% para o mercado doméstico. “Por outro lado, essa situação é mais complicada para o pecuarista que paga caro nesse boi e não tem um ambiente bom para o ree interno. Além disso, o mercado doméstico está perdendo competitividade com a proteína do frango”, aponta. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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