No mercado interno a carne no atacado chega a R$16,50/KG, com traseiro bovino atingindo recorde de R$19,00/KG 1g3v5b

Publicado em 02/10/2020 12:55 e atualizado em 03/10/2020 22:33
China desacelera compras de carne bovina no final de setembro, mas deve retomar demanda e garantir estoques para feriado lunar
Fernando Henrique Iglesias - Analista da Safras & Mercado

Podcast 1t1g46

 

 

Em São Paulo, as referências para a carne no atacado estão próximas de R$ 16,50/kg e o traseiro bovino estão atingindo o patamar de R$ 19,00/kg, sendo o maior valor para cortes traseiros. A expectativa do mercado é que os preços no atacado devem perder o ímpeto de alta diante da economia interna enfraquecida.

De acordo com Analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o foco do mercado segue nas exportações já que as margens de lucros são mais atrativas. “Nós vemos uma diferença muito clara para os frigoríficos que atuam no mercado domestico e os que fazem exportação”, relata.

Com relação às escalas de abate, as indústrias frigoríficas conseguiram alongar as programações e estão mais confortáveis. “Com isso, nós podemos ter um movimento mais tímido de altas no mercado físico. Só que o potencial de reajuste nas cotações do mercado interno é elevado com a proximidade das festas de final de ano”, informa.

O analista também informa que estão ocorrendo negócios para o animal com padrão exportação acima da referência de R$ 260,00/@. “Já tivemos negócios fechados em R$ 264,00/@ em que o mercado segue muito aquecido, mas os dados das exportações em Setembro devem ser encarados com naturalidade”, afirma.

Na última quinta-feira (01), as exportações de carne bovina in natura registraram um recuo de 12,81% frente ao mês de agosto. “O Brasil tem exportado muita proteína animal para a potência asiática e esse foi o nosso grande diferencial em 2020. Nós precisamos destacar que o mês de setembro teve menos dias útil e acaba impactando no resultado geral dos embarques”, aponta.

Com o feriado de uma semana na China, houve reporte de redução nas compras e acabou impactando no ritmo das exportações. “A tendência é que os chineses importem cada vez mais neste último trimestre já que a estratégia da China é montar estoques para o ano novo lunar”, destaca.

Leia Mais:

+ Com china fora das compras, exportação de carne bovina in natura recua 12,81% em setembro

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6d1m2r

Ministro Carlos Fávaro embarca para França para cerimônia que reconhece o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação
RS tem seguro contra a febre aftosa renovada
Especialista explica melhor momento para irrigar pastagem e não é no período seco
Novo status sanitários traz benefícios para a produção e abre portas para novos mercados, reforça CNA
Exportações de carne bovina aceleram e frigoríficos têm dificuldade para encontrar o boi gordo
Cenário favorável para arroba do boi com alta esperada para primeira quinzena de junho
undefined