Bancos vão endurecer regras para concessão de crédito a frigoríficos 503t5e

Publicado em 30/05/2023 17:17 e atualizado em 30/05/2023 18:12

4n2nk

 

Uma nova norma da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) determina que os bancos brasileiros terão de cumprir protocolo de combate ao desmatamento ilegal quando oferecerem créditos a frigoríficos e matadouros.

Ao conceder financiamento, os bancos participantes deverão solicitar aos frigoríficos, na Amazônia Legal e no Maranhão, a implementação de um sistema de rastreabilidade e monitoramento que demonstre que o gado comprado, de fornecedores diretos e indiretos, não vem de áreas com desmatamento ilegal. O sistema precisa entrar em funcionamento até dezembro de 2025.

“Este sistema deverá contemplar informações como embargos, sobreposições com áreas protegidas, identificação de polígonos de desmatamento e autorizações de supressão de vegetação, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades de origem dos animais. Aspectos sociais, como a verificação do cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo, também foram considerados”, informou a Febraban.

Para colocar as ações em prática, os bancos definirão os planos de adequação, incentivos e consequências cabíveis. Como forma de garantir que os frigoríficos cumprirão o acordo, foram estabelecidos indicadores de desempenho, a serem divulgados periodicamente pelo próprio setor.

O objetivo, de acordo com a Febraban, é mobilizar as instituições financeiras por meio da autorregulação setorial. O financiamento de atividades relacionadas à prática de desmatamento leva à ampliação de riscos de crédito, reputacionais e operacionais.

Segundo o presidente da Febraban, Issac Sidney, os bancos estão comprometidos a desenvolver uma economia cada vez mais sustentável. “O setor tem consciência de que é necessário avançar no gerenciamento e na mitigação dos riscos sociais, ambientais e climáticos nos negócios com seus clientes e canalizar cada vez mais recursos para financiar a transição para a economia verde”, disse, em nota.

As instituições que aderem à autorregulação se comprometem, de forma voluntária, a seguir padrões mais elevados de conduta, am por supervisão periódica e podem ser punidas, em caso de descumprimento.

Fonte: Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6d1m2r

Campo Futuro faz levantamento de custos de produção da silvicultura, avicultura, suinocultura, grãos e aquicultura
Gripe Aviária em granja comercial no RS pode impactar ritmo das exportações de frango e interferir no preço das demais carnes
Marfrig vai incorporar BRF, formando MBRF, com receita de R$152 bi
Pecuária lidera exportações do agro catarinense em 2024, com destaque para carne de frango e suína
Setor de proteínas animais do Brasil vê como positivo o acordo entre EUA e China, trazendo estabilidade temporária
Tilápia/Cepea: Preços sobem em abril, mas oferta elevada limita aumento
undefined